BALADA DE CARINHO
Suave e terno amigo,
Enquanto o coração convida à prece,
No reconhecimento que entretece
A berceuse feliz,
Encontro-te, com passos decididos,
No intercâmbio da Vida que esplendora,
E a gratidão te segue, hora a hora,
Na faina que bendiz!...
Louvando o jubileu
De serviços à dor e a desventura,
Nos santos testemunhos da fé pura,
A sobraçar espinhos,
Prossegues pela crença nobre e augusta,
Inda que por estradas tormentosas,
Colhendo cardos, mas doando rosas,
A perfumar caminhos...
Nas romagens do Bem,
Onde entrevês os cimos de Jesus,
Transportas, sem recuos, tua cruz
Em constante dever...
Embora a caminhada rude e agreste,
Ante acúleos da sombra e acicates do mal
Asserenar borrascas, fraternal,
A servir e ascender.
Em renúncias sabidas,
Entre estudo e trabalho, a serviço do amor,
Doas a existência em constante louvor
A luz que recompensa...
Violino cantante em mãos de artistas,
Brilhando que refulge obediente ao buril,
Alardeias ao mundo, a partir do Brasil,
O alvor de nova crença!
No intercâmbio da Fé,
Juntando devoções nas horas nuas,
Trago-te a inspiração, contudo as mãos são tuas
Sustentando a Verdade;
Choram granizos, urzes, mágoa e luta,
Na terra atormentada entre gemidos
Ouço e busco ajuda por teus ouvidos à irmã Caridade...
Alma doce e querida,
Na cantiga singela, refrão a refrão,
Enfeito de amizade o coração
A saudar-te onde seja...
E osculando-te as mãos, em transportes de paz,
Repito, hoje e sempre, agradecida,
Rogando ao Senhor o Criador da Vida
Te abençoe e proteja.
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