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sábado, 5 de novembro de 2011

Balada de Carinho


BALADA DE CARINHO


Suave e terno amigo,

Enquanto o coração convida à prece,

No reconhecimento que entretece

A berceuse feliz,

Encontro-te, com passos decididos,

No intercâmbio da Vida que esplendora,

E a gratidão te segue, hora a hora,

Na faina que bendiz!...

Louvando o jubileu

De serviços à dor e a desventura,

Nos santos testemunhos da fé pura,

A sobraçar espinhos,

Prossegues pela crença nobre e augusta,

Inda que por estradas tormentosas,

Colhendo cardos, mas doando rosas,

A perfumar caminhos...

Nas romagens do Bem,

Onde entrevês os cimos de Jesus,

Transportas, sem recuos, tua cruz

Em constante dever...

Embora a caminhada rude e agreste,

Ante acúleos da sombra e acicates do mal

Asserenar borrascas, fraternal,

A servir e ascender.

Em renúncias sabidas,

Entre estudo e trabalho, a serviço do amor,

Doas a existência em constante louvor

A luz que recompensa...

Violino cantante em mãos de artistas,

Brilhando que refulge obediente ao buril,

Alardeias ao mundo, a partir do Brasil,

O alvor de nova crença!

No intercâmbio da Fé,

Juntando devoções nas horas nuas,

Trago-te a inspiração, contudo as mãos são tuas

Sustentando a Verdade;

Choram granizos, urzes, mágoa e luta,

Na terra atormentada entre gemidos

Ouço e busco ajuda por teus ouvidos à irmã Caridade...

Alma doce e querida,

Na cantiga singela, refrão a refrão,

Enfeito de amizade o coração

A saudar-te onde seja...

E osculando-te as mãos, em transportes de paz,

Repito, hoje e sempre, agradecida,

Rogando ao Senhor o Criador da Vida

Te abençoe e proteja.

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